O preconceito relacionado à idade não é novidade. A criança sofre preconceito por ser criança; o adolescente, por ser considerado rebelde ou imaturo; o jovem, por supostamente não ter experiência suficiente; e o adulto, especialmente os que têm 40 anos ou mais, muitas vezes já é visto como alguém que está envelhecendo e, para alguns, deveria até pensar em se aposentar.
Já parou para pensar sobre os preconceitos que você carrega dentro de si?
O dicionário Priberam define: etarismo (ou ageísmo) – Discriminação baseada em critérios de idade, especialmente em relação às pessoas mais velhas.
O preconceito, em todas as suas formas, traz sérios danos para a vida social, mental, física e até econômica. E o custo disso é enorme. Nos Estados Unidos, um estudo de 2020 mostrou que a discriminação por idade – na forma de estereótipos negativos e autopercepções – gerou um impacto financeiro de US$ 63 bilhões por ano em condições de saúde custosas (Paho, 2021).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também aponta consequências graves: “A discriminação por idade afeta diretamente a saúde e o bem-estar das pessoas. Entre os idosos, isso está associado a uma piora na saúde física e mental, maior isolamento social e solidão, insegurança financeira, queda na qualidade de vida e até morte prematura. Estima-se que 6,3 milhões de casos de depressão no mundo estejam ligados ao preconceito relacionado à idade.” (Paho, 2021).
A discriminação etária não afeta apenas os mais velhos. Ela se cruza e intensifica outros tipos de discriminação, como gênero, raça e deficiência, causando um impacto ainda mais negativo.
De acordo com a Paho (2021), a discriminação por idade influencia a saúde de três maneiras:
- Psicológica: Estereótipos negativos aumentam o estresse e a ansiedade.
- Comportamental: A percepção negativa do envelhecimento leva a hábitos de saúde ruins, como negligenciar tratamentos.
- Fisiológica: Esses estereótipos causam, ao longo do tempo, mudanças prejudiciais no cérebro, como a redução do hipocampo, área essencial para a memória.
Como Combater o Etarismo?
Lutar contra o preconceito etário é uma forma de garantir que, no futuro, você não seja mais uma vítima dessa discriminação. E, acima de tudo, é lembrar que, independentemente da idade, estamos falando de pessoas que merecem respeito e dignidade.
Por fim, nunca se esqueça: você constrói sua vida, ninguém tem o direito de limitar o que você pode ou não fazer, conquistar, com base na sua idade.
Referências Bibliográficas:
